quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Me qualifiquei e quero um (novo) emprego. E agora?


Esta situação assusta muita gente, ainda mais com a crise que acontece em várias partes do mundo. Como algumas pessoas andaram comentando recentemente comigo essa questão de procurar emprego pra seguir em frente, seja porque está concluindo uma etapa da sua formação ou porque quer uma nova perspectiva e precisa de novos ares, acabei escrevendo algumas coisas sobre a elaboração de currículos, baseado em coisas que eu já vi por aí e coisas que eu andei lendo, até para ajudar as pessoas que me perguntaram. Acabou "nascendo" este post aqui.

Lembro que são apenas impressões, não sou um especialista de recrutamento e seleção, mas também tive as mesmas dúvidas quando fui escrever o meu currículo e "meter a cara" no mundo, justamente nesta mesma época da minha vida (formatura chegando e mudança de ares, entre outras coisas).

Todo mundo acaba passando por isso, ao menos uma vez. Assim, acabei escrevendo algumas dicas para a elaboração das partes de um currículo típico. Não vou centrar em modelos pré-definidos, porque isso é algo que muda bastante. Me detive naquilo que acreditava que poderia aparecer em um bom currículo e que eu, como possível empregador, gostaria de saber sem precisar encher o candidato de perguntas na entrevista, que já é (mais) uma etapa que pode ser estressante.

Sem mais demora, vamos ver as partes interessantes de um currículo e as dicas de conteúdo:


Dados de Identificação: Nome completo e outros dados, conforme pedido pela empresa (algumas não pedem endereço ou foto). Às vezes uma foto e formas de contato, além do nome completo são suficientes. As mais tradicionais pedem que se inclua CPF e RG mas não é algo que se faça com frequência hoje em dia.

Apresentação: Resumo da atuação profissional ou acadêmica, podendo indicar a área em que pretende atuar.

Você pode indicar anos de experiência em cada função, dando ênfase à área em que pretende atuar. No caso da área acadêmica, indicar a formação e, se atuou na área e resumidamente as áreas em que teve experiência. Normalmente isso cabe em um parágrafo, com 5 ou 6 linhas, no máximo.

Qualificações técnicas
Nesta parte, é interessante indicar se teve experiência com softwares, ferrramentas, metodologias, entre outras coisas que sejam relevantes para a área em que quer trabalhar. Um parágrafo curto para cada item deve bastar.

Idiomas
Aqui é legal indicar os idiomas com o grau de proficiência. Pode ser de duas formas: simples (básico, intermediário, avançado ou fluente] ou por habilidade (lê, fala, escreve - razoavelmente, bem, fluentemente). Não esqueça de incluir seu idioma nativo também, pode ser interessante para algumas empresas.

Formação Acadêmica
Cabe indicar as etapas da formação acadêmica que forem mais relevantes, em ordem cronológica inversa (a mais recente primeiro). Nos casos de obtenção de grau (graduação, especialização, mestrado, doutorado), se possível, citar dados trabalho apresentado para obtenção (nome do orientador e ainda, link para o trabalho publicado, se houver).

Trabalhos Publicados/Portfolio
Coloque aqui uma lista dos trabalhos publicados ou realizados durante sua trajetória profissional, com link para acesso, se houver, em ordem cronológica inversa. Não precisa colocar todos, foque nos mais relevantes e que você considerar seus melhores trabalhos.

Atividades Profissionais
Aqui você deve falar das outras posições que já ocupou, por quanto tempo ocupou e em quais  empresas. Em síntese, um resumo da sua trajetória, no que for mais relevante. Geralmente três ou quatro "capítulos" bastam. Lembre de fazer isso em ordem cronológica inversa (mais recente primeiro).

Outras Dicas:
As áreas de atividade profissional e formação acadêmica podem trocar de lugar quando for o caso, dependendo do foco do local para onde se envia o currículo ou da posição que se pretende ocupar. Às vezes também se coloca no currículo o que o profissional busca se candidatando. Isto depende muito do foco. Teoricamente não existe certo ou errado ao escrever um currículo. É mais uma questão do ponto de vista e sobre aquilo que queremos alcançar e o que temos para oferecer.

É interessante, quando o currículo for enviado eletronicamente (não impresso) enviar um arquivo em formato PDF do currículo (ou algum outro formato não editável), para que não perca a formatação do documento na impressão. Pode acreditar, às vezes isso acontece e é bem chato, porque pode nos colocar no "final da fila".

Alguns profissionais fazem um site pessoal bem elaborado e distribuem com o currículo, mas é mais para a área da publicidade/propaganda. 

Na área acadêmica temos a plataforma Lattes do CNPq, que é adotada por várias instituições de ensino do Brasil, mantendo dados de estudantes e pesquisadores que atuam nas universidades brasileiras.

Não se esqueça de fazer a revisão de gramática e sintaxe. Este tipo de erro, quando deixamos passar, fica feio em qualquer idioma.

Boa sorte na sua busca!



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