sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Mulheres na Computação? Pode SIM!


Tem gente que "desgosta" de mulheres trabalhando em muitas áreas. A Computação é uma delas. Eu, particularmente, sempre fui à favor das mulheres trabalhando em Computação e Tecnologia por conta da atenção delas aos detalhes que alguns homens acabam deixando passar porque "não acham que seja importante", ou porque a maioria de nós não é tão detalhista mesmo...

Num desses dias achei um artigo interessante e resolvi traduzir pra compartilhar com mais pessoas, porque a maioria não deve saber quem é Grace Hopper, a "Rainha do Código", e porque devemos MUITO a ela e outras mulheres como ela.

Sem mais enrolação, lá vai o artigo:

Grace Hopper era um gênio de computação, uma cientista, uma quebradora de tetos-de-vidro, uma feminista, e a melhor em tudo o que fazia - e você provavelmente nunca ouviu falar dela.

Hoje, ela está finalmente recebendo seu devido reconhecimento. Hopper, que morreu em 1992, era uma engenheira de computação que serviu na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial e passou a desenvolver o primeiro software de computador real - muito antes de "software" ser mesmo um conceito com um nome. Um vídeo da série FiveThirtyEight Signals, chamado "The Queen of Code", celebra sua vida e obra.

Costumamos falar muito sobre como as mulheres são excluídas de empregos de tecnologia, mas a paisagem nao parece nada como a dos tempos de Hopper. Não só ela foi impedida de avançar em duas carreiras distintas, porque ela era uma mulher, como foi deliberadamente deixada de fora de fotos de jornais que documentam grandes realizações de que ela era uma parte integrante.

"O apagamento das mulheres estava acontecendo em tempo real", o diretor do filme, o ator Gillian Jacobs, disse a Re / Code. Vale a pena assistir ao video todo, mas aqui estão alguns dos feitos de Hopper:

Ela descobriu como fazer uma bomba atômica funcionar.
Depois que o professor de matemática Vassar convenceu a Marinha para deixá-la se alistar com a idade de 37 anos, ela passou a trabalhar no computador Mark I da Universidade de Harvard e começou a aprender a fazer o supercomputador funcionar melhor do que mais ninguém tinha feito.

Quando Hopper viu a Mark I pela primeira vez, ela estava apaixonada: "Puxa, isso é a coisa mais bonita que eu já vi", ela lembra de ter pensado. Em certo dia, Hopper teria retirado uma mariposa traquina para fora do aparelho e a colado em suas notas com fita adesiva, potencialmente inventando o termo "depuração" (debugging).

Hopper não sabia para que seu trabalho seria utilizado naquela epoca, mas em mais de três meses com o Mark I, ela resolveu um cálculo extremamente difícil para o Projeto Manhattan: descobrir como fazer uma esfera entrar em colapso sobre si mesma e em que local deveria ser aplicada a pressão, para que entrasse em colapso. Sua solução foi a chave para fazer a bomba atômica explodir corretamente.

Mesmo assim, após o fim da guerra, Hopper não tinha permissão para se tornar uma professora de Harvard - que era nestes dias um clube só para rapazes - nem para continuar na Marinha. Então, em vez disso:

Ela basicamente inventou a codificação.
Hopper conseguiu um emprego para trabalhar para uma empresa de informática e rapidamente percebeu que nenhum dos pequenos computadores que estavam sendo desenvolvidos poderia falar um com o outro. Reconhecendo que a maioria das pessoas na América não consegue entender nada sobre matemática, ela defendeu que se transformasse a linguagem de computador simbólica em Inglês simples. Todos riram dela. Mais tarde, ela zombou dos céticos em um discurso.

"Eu deixei um grande número de pessoas, pelo meradunos parcialmente doidas", disse ela. "Afinal de contas, insistir que se comunicar com os computadores em Inglês era uma idéia totalmente ridícula, e que eu não poderia fazer isso. Só que funcionou ".

A linguagem que ela ajudou a desenvolver, conhecida como COBOL, compõe cerca de 70% de todo o código usado ativamente até o ano 2000.


E você? Conhece alguma mulher/menina que se interessa por computadores e que talvez se sinta desmotivada a estudar e trabalhar na área? Mande este artigo pra ela!!!

Foto de cortesia da Marinha dos Estados Unidos.

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